1. Introdução

O Bareme - Base Regular de Meios - foi criado em 1983 e estudava as audiências de Televisão, Rádio e Imprensa. Em 1992, passou a estudar apenas a Rádio e a Imprensa, passando a Televisão a ser analisada com outra técnica, genericamente designada por audimetria.

No início de 1994, concluiu-se o processo que conduziu à existência de um estudo e uma técnica de recolha de informação específica para cada meio estudado, resultando Audimetria para Televisão, Bareme-Rádio para Rádio, e Bareme-Imprensa para Imprensa.

Desde o início de 1996, a recolha de informação do Bareme-Imprensa, passou a ser realizada por entrevista pessoal e telefónica.

1.1. Apresentação dos resultados

Os resultados do estudo Bareme-Imprensa apresentam-se sob a forma de relatório e base de dados em suporte informático, por forma a responder às necessidades do utilizador, fornecendo os seguintes indicadores de audiência (ver definição na Nota Técnica):

• Cobertura Máxima (apenas na base de dados)
• Audiência Média

Apenas são apresentados resultados para os jornais e revistas que têm 30 ou mais casos na amostra (consultar documentação técnica).

1.1.1. Relatórios

Anualmente são editados três relatórios, correspondentes aos seguintes períodos:

• Janeiro / Março
• Abril / Junho
• 15 de Setembro / 15 de Dezembro

O relatório contém quadros de tabulação que apresentam os dados ventilados pelas variáveis:

• Sexo
• Idade
• Grupos Ocupacionais
• Classe Social
• Região

1.1.2. Base de Dados

A informação relativa a cada trimestre é disponibilizada em suporte informático, num formato de base de dados, integrada no programa MARKSEL (software MARKTEST para análise da informação através do módulo Tabulação e que integra todos os instrumentos para planeamento de campanhas publicitárias).

O MARKSEL permite ao utilizador um vasto conjunto de análises da base de dados, sendo possível definir targets específicos, caracterizáveis através das variáveis sócio-demográficas.

Poderoso instrumento de gestão e de planeamento de meios, o MARKSEL permite as seguintes análises:

• Rankings
• Planeamento
• Tabulação
• Optimização
• Segmentação
• Duplicação

2. Universo

2.1. Definição

O Bareme-Imprensa estuda o universo constituído pelos indivíduos com 15 e mais anos, residentes em Portugal Continental.

2.2. Quantificação

Tendo por base o Recenseamento Geral do INE de 1991 (pop. residente), o universo foi quantificado em 7 528 mil indivíduos.

O quadro seguinte apresenta a sua distribuição por algumas das principais variáveis demográficas:

3. Amostra

Atendendo às características do universo, optou-se por uma amostra proporcional à população de cada concelho do continente, tendo em consideração as variáveis Sexo, Idade. Nos concelhos pertencentes às regiões da Grande Lisboa e Grande Porto, foi aplicada uma sobre-amostragem, devido à maior heterogeneidade de consumo de imprensa que estas duas regiões apresentam.

Para a amostra proporcional, considerou-se um total de 12 900 entrevistas por ano, sendo a sobre-amostragem, incidente na Grande Lisboa e Grande Porto, de 2 220 entrevistas.

3.1. Distribuição da Amostra

Esta amostra é repartida por três vagas trimestrais, de 5 040 entrevistas cada. Em cada vaga, as entrevistas são distribuídas equitativamente pelos dias da semana.

A tabela seguinte quantifica o número de entrevistas por vaga e no total do ano.

4. Recolha de Informação

A informação é recolhida diáriamente, entre as 18 e as 22 horas, através do método da entrevista telefónica assistida por computador - sistema C.A.T.I.. A recolha é contínua, excepto no período de Verão ( não são realizadas entrevistas nos meses de Julho e Agosto e 1ª Quinzena de Setembro ) e na última quinzena de Dezembro. Esta pausa deve-se à atipicidade dos períodos em causa.

Anualmente, os três períodos de recolha têm a seguinte distribuição:

4.1. Tipo de Questionário

A recolha de informação é realizada através de questionário estruturado, com perguntas fechadas, semi-abertas e abertas. Posteriormente, estas últimas são categorizadas e codificadas.

O questionário foi construído em suporte informático, para utilização através do sistema C.A.T.I. (Computer Assisted Telephonic Interviews).

4.2. Método de Selecção das Unidades Amostrais

A amostra é seleccionada por processo polietápico, através das fases seguidamente descritas:

4.2.1. Selecção da Unidade Amostral

Em função da distribuição geográfica da amostra, em cada concelho, os lares são seleccionados aleatoriamente, a partir de uma base de dados de números de telefone.

4.2.2. Selecção do Elemento Amostral

No lar, o entrevistado é seleccionado por quotas pré-definidas de Sexo e Idade.

4.3. Tipo de Entrevista

A recolha de informação é efectuada diariamente, através de entrevista pessoal e telefónica para o lar dos entrevistados. O Departamento de Recolha Telefónica da MARKTEST, é constituído por dois centros: um em Lisboa e outro no Porto.

4.4. Entrevistadores

A recolha é realizada por uma equipa de 50 entrevistadores profissionais, formados pela MARKTEST para este estudo.

Assim, cada entrevistador realiza uma média de 2% das entrevistas de cada vaga.

4.5. Controle de Qualidade

O controle de qualidade é efectuado em 2 fases distintas: Supervisão e Validação de consistência.

4.5.1. Supervisão em tempo real e por segundo contacto

Para aferir a qualidade e veracidade do desempenho dos entrevistadores é realizada supervisão no próprio momento da entrevista. Através de um dispositivo electrónico do CATI-Network , o coordenador pode visionar, no ecrã do seu terminal, o decorrer de qualquer entrevista.

É também realizada supervisão por novo contacto com o entrevistado.

4.5.2. Validação de consistência

O MARKTAB - software para CATI-Network da MARKTEST permite a validação lógica no próprio momento da aplicação de um questionário, ou seja: é vedada a hipótese de aplicação de uma pergunta, caso a resposta a uma pergunta anterior a torne desnecessária.

Sendo a validação lógica aplicada automaticamente e em tempo real, posteriormente, apenas se torna necessário proceder à validação de consistência. Esta detecta incongruências pela análise conjunta de várias respostas. Exemplo: se um entrevistado afirmar ser director geral de uma empresa, ter um curso superior e um rendimento mensal líquido inferior a 80 000$00, o software de validação acusará a possível incongruência e o entrevistado será contactado novamente, de forma a confirmar os dados.

5. Tratamento da Informação

5.1. Tipo de indicadores e análises

O Bareme-Imprensa, apresenta informação de audiências para os grupos Jornais e Revistas.

Para cada grupo, estão disponíveis os seguintes indicadores e análises:

• Cobertura máxima (só Marksel)
• Audiência média
• Perfil dos leitores de cada publicação
Análise de duplicações (só Marksel)
• Análise de segmentação (só Marksel)

Estes indicadores são analisados pelas seguintes variáveis demográficas: Sexo, Idade, Região, Classe Social e Grupos Ocupacionais.

À semelhança do que acontece em todos os estudos de audiência de meios da MARKTEST, a informação é probabilizada para o planeamento.

5.2. Apresentação da Informação

A informação é disponibilizada em dois suportes: relatório em papel e base de dados, fornecidos três vezes por ano, correspondendo a cada uma das vagas.

Os relatórios são constituídos por quadros evolutivos e quadros de tabulação. Os ficheiros da base de dados destinam-se à exploração através do software MARKSEL.